Eu sempre tive nos aniversários a mesma sensação do reveillon: uma estranha festa onde se comemora uma mudança que de fato não ocorre. Ranzinza, eu sei. Mas não sei se pela idade (eu tenho rejuvenescido com o tempo, já que nasci com uns 80 anos), não sei se pelo fato de ter renascido quase que literalmente há alguns anos, tenho aprendido a respeitar essa simbologia do recomeço. Portanto, hoje, recomeço.
Mas antes de avaliar o que a gente faz com o tempo, analiso o que o tempo faz comigo. E penso o que de bom o fato de envelhecer pode trazer e, principalmente, no que não deve levar embora. Mais tempo, mais experiência. E a equação acaba aí. Experiência não é sinônimo de mais esperteza. Não necessariamente. Mas eu me saio bem em não cometer os mesmos erros. Mais um ano é sinal de mais livros lidos, mais filmes vistos e assim adiante. É mais 1 ano alimentando a memória cultural. A incapacidade de absorver toda essa informação é fonte segura de inquietação. E inquietação é precisamente o que não pode deixar nossas cabeças adormecerem, para o bem do conformismo.
5 comentários:
A cada ano que passa eu fico mais sua fã. Beijos de Feliz Aniversário!
todo mundo resolveu fazer aniversário junto. é isso?
parabéns.
Parabéns atrasado, pra você e para o seu texto.
Gostei!
Raphael do andar de baixo.
Parabéns, Tici! Infelizmente só fiquei sabendo desta data agora, mas não queria deixar de te desejar muitas felicidades!!! Parabéns pelo texto!
beijos
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