terça-feira, 24 de março de 2009

Nada do que não foi poderia ter sido*

Sobre o livro de Cristovão Tezza, O filho eterno


Na vida há um equilíbrio, ou desequilíbrio sabe-se lá, entre acasos e escolhas. Aceitar a inevitabilidade do que independe de nós não pode paralisar escolhas que também fundamentam as direções dos nossos destinos (falo aqui do plano emocional, não político-social).

“O inexorável é a transformação: qualquer uma.” - Tezza diz isso se referindo ao transcorrer do tempo.

A equação, sempre inexata, entre acasos e escolhas – que nos leva a ações e a pensamentos – acaba por nos transformar no que somos (num processo sempre contínuo). Entender essas transformações pode até não ser fundamental para crescermos. Mas trazer à tona alguns – pelo menos alguns – desses processos inconscientes enriquece infinitamente esse crescimento.

O personagem de Tezza não se furta a isso, mesmo que tenha seus momentos de fuga (como temos todos). Escolhe, mas também aceita.


*essa frase permeia todo o livro

2 comentários:

Unknown disse...

e nada do que foi poderia nao ter sido...
hehehe, que prisao essa nossa...
beijocas

roberta

cameliadepedra.blogspot.com disse...

Ola,
Achei seu blog na lista de alguem querido. Li seu post e penso quea historia tb se comporta da mesma forma, numa escolha de massas. Talve znuma luta. Imagina que tudo poderia ser diferente se um conjunto de forças num determinado momento vencesse outro e não sucumbisse. Sei la, qualquer exemplo. Se o Brasil ao inves de ditadura militar, tivesse tido um governo radical socialista. E tudo o mais que acontece no mundo. Tudo, tudo, vem de escolhas de muitos ou da falta de forças para ser outra coisa.
Beijos e boa semana,
Cam