Da egolatria de nossa pós-modernidade
OU AINDANós que aqui estamos por vós esperamos
"No princípio, costuma-se contar rigorosamente os mortos, até que as estatísticas percam toda a sua importância. Um só morto é muito mais chocante e solene que um milhão de mortos.Um milhão de mortos tornam as pessoas habituadas à tragédia. Como nas grandes guerras, com bombardeios pesados e armas atômicas. E quando lançarem a bomba final e apocalíptica que aniquilará a todos, isso não será nem mesmo uma tragédia, porque não haverá nenhuma consciência a refletir o desastre. Será apenas o silêncio e o fim simultâneo de todos, como todos terminam isoladamente, por chegar ao fim. Por encontrar sua própria e exclusiva bomba."
(Confissões de Ralfo - Uma autobiografia imaginária - Ségio Sant'anna)
(Confissões de Ralfo - Uma autobiografia imaginária - Ségio Sant'anna)
2 comentários:
Eu só estou a aguardar...no dia a dia de atualmente (hehehe), só a fumaça salva.
E a tragédia é minha conta bancária. Os milhões de mortos...bem, fodam-se, não têm mais preocupações. :)
Como dizia o Joker, o morto só sabe uma coisa: é melhor estar vivo.
Concordo, mas não tanto.
Beijuca, lindona !
gostei do texto
ele me lembrou uma citação de Richard Matheson em seu livro - Eu sou a lenda.
"Com que velocidade aceitamos aquilo que é incrível? Desde que aconteça com freqüência."
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