segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Do livro que estou lendo à teoria do epifenômeno

OU
Da egolatria de nossa pós-modernidade
OU AINDA
Nós que aqui estamos por vós esperamos


"No princípio, costuma-se contar rigorosamente os mortos, até que as estatísticas percam toda a sua importância. Um só morto é muito mais chocante e solene que um milhão de mortos.Um milhão de mortos tornam as pessoas habituadas à tragédia. Como nas grandes guerras, com bombardeios pesados e armas atômicas. E quando lançarem a bomba final e apocalíptica que aniquilará a todos, isso não será nem mesmo uma tragédia, porque não haverá nenhuma consciência a refletir o desastre. Será apenas o silêncio e o fim simultâneo de todos, como todos terminam isoladamente, por chegar ao fim. Por encontrar sua própria e exclusiva bomba."

(Confissões de Ralfo - Uma autobiografia imaginária - Ségio Sant'anna)

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu só estou a aguardar...no dia a dia de atualmente (hehehe), só a fumaça salva.

E a tragédia é minha conta bancária. Os milhões de mortos...bem, fodam-se, não têm mais preocupações. :)

Como dizia o Joker, o morto só sabe uma coisa: é melhor estar vivo.

Concordo, mas não tanto.

Beijuca, lindona !

Plenno disse...

gostei do texto
ele me lembrou uma citação de Richard Matheson em seu livro - Eu sou a lenda.
"Com que velocidade aceitamos aquilo que é incrível? Desde que aconteça com freqüência."