terça-feira, 3 de junho de 2008

Considerações sobre o Cine Brasilis



Muito se discute a respeito do uso da verba pública pelo cinema brasileiro. Eu mesma sou questionadora da forma como se dá o incentivo. Há muito o que melhorar no desenvolvimento do cinema nacional para que ele possa andar com suas próprias pernas e, até que isso aconteça, acho sim que a produção deve ser incentivada. O Brasil só tem hoje um cinema com uma certa projeção internacional por conta desse incentivo. O Peru, por exemplo, festeja o incentivo de U$ 500 mil a 4 produções em 2008, recorde para o país. Enquanto no Brasil investiu-se mais de 130 milhões em mais de 80 produções no mesmo período. Nesse mesmo caminho seguem Argentina e México, na América Latina. Mas essa não é a única via pela qual o Estado deve intervir. Sem que o filme chegue ao público brasileiro, qual a relevância em filmá-lo?

Por isso, muito me alegra ver que a Ancine se mostra também preocupada e, com a intenção de não permanecer mantenedora eterna do circuito, planeje lançar nos próximos meses um Fundo Setorial do Audiovisual, que objetiva apoio além da produção, à distribuição, exibição e infra-estrutura das empresas (fonte – Globo online aqui).

Outro ponto também relevante pra questão: dos 5.564 municípios brasileiros, apenas 421 têm cinemas. E mesmo que a diminuição das vendas de ingresso seja um fenômeno mundial (o porquê é discussão pra outro post), o Brasil, com 0,5 ingressos vendidos per capita em 2007, está bem atrás de México (1,5 ingressos) e Argentina (0,9 ingressos), seus companheiros na produção da latinoamérica, e far far away dos Estados Unidos, com 4,8, fora a pipoca (dados da pesquisa da Filme B).

Um comentário:

Unknown disse...

O cinema brasileiro melhorou muito nos último anos, essa é a minha opinião. Eu assisti o filme óelo de Lorenzo há alguns meses. Em alemão! Filme muito bonito. Que bom que você a blogosfera.