quinta-feira, 5 de junho de 2008

A história das coisas



A gente tem a mania de se eximir da responsabilid
ade de todos os problemas. Meio ambiente, corrupção, consumismo, política, etc. Tudo é culpa de um sistema, abstrato e inatingível, e nós somos apenas uma pessoinha, tão pequena e tão vítima. Pensamos: qual a relevância de nosso comportamento diante de problemas tão estruturais? Qual efeito de nossas ações diante de processos que se desenvolvem há tanto tempo? Pois bem. É exatamente a soma de ações individuais que formam o todo. Claro que há a influência desse tal sistema e somos mesmo moldados para agirmos de determinada forma. Mas daí a negar uma atitude crítica e a se colocar fora do problema é outra questão. Exigir atitudes de governos, instituições ou sei lá mais quem que detenha certo tipo de poder como se fossem únicos responsáveis é comum e também necessário. Mas as coisas não se resolvem de cima para baixo. As leis não surgem do nada. Elas são frutos de fatos aos quais a sociedade atribui certo valor e que por isso dão origem às normas. Por isso, sem que a sociedade se mobilize, sem que as consciências individuais formem uma certa consistência que possibilite reivindicações nada nunca mudará. É claro que aos órgãos do poder cabe fiscalizar. Mas nossas atitudes individuais têm função muito maior do que apenas tranqüilizar nossas consciências.


Aqui a primeira parte de um documentário bacanérrimo de uns 20 minutos, A história das coisas. Vale a pena.

3 comentários:

Osimar Medeiros disse...

Sobre o pôst abaixo, eu penso da seguinte forma: cinema tem que ser tratado como ele é, um negócio. Não é uma empresa estatal.

Verba pública pra fazer filme pra mim é roubo duas vezes. Roubo porque toma o dinheiro e enfia na produção de filmes de bosta e mais uma vez roubo porque filmes bosta eu não assisto nem fodendo.

Tem que ir lá com o Guilherme Fontes e perguntar onde ele socou a grana do Chateau.

Beijo na Tici !

:)

Unknown disse...

É verdade Tici...gosto daquela música do Beto Guedes, "Sal da terra", quando ele diz "um mais um, é sempre mais que dois"...se a gente parasse de colocar a culpa nos outros e tomasse iniciativa, atitude, penso que algumas coisas poderiam ter mudado. Às vezes a gente pensa que só uma pessoa fazendo não dá resultado, mas estamos enganados. Vou conferir o documentário agora. Bom findi!

Mysterious Ways disse...

É bem isso. Não tomar refrigerantes fariam bem a nossa saúde e evitaria o acúmulo absurdo de garrafas pet pelo mundo todo... Mas antes da coca-cola pensar que é melhor parar de colocar garrafa de refrigerante em garrafa pet e fazer virar lei o uso de garrafa retornável, temos nós, consumidores nada santos nos conscientizarmos dos danos que atos impensados de comprar uma ingênua garrafa de refrigerante descartável podem trazer pra toda eternidade ( que vai ser nada longa do jeito que as coisas vão indo ... )

Beijo